correr um risco, para mim, é como que uma ilusão. imagino-a, na minha mente sonhadora, mas sou incapaz de avançar. não que não queira, mas sim, porque me sinto presa por uma fina, contudo, inquebrável corrente. quero correr o risco, quero avançar, quero saber o que mais me espera, mas não dá. esta maldita corrente aprisiona-me. começo a ser invadida por pequenos "se"'s bastante negativos que me vão retirando todos os pensamentos positivos que outrora poderia ter. esta corrente é como um dementor:alimenta-se das minhas memórias felizes, que me dão força para avançar, e, como consequência, deixa-me com as restantes, que me retiram toda a confiança.
sou uma pessoa fraca mas, mesmo assim, tentei quebrá-la. não consegui mas, por ventura, avistei uma pequena chave, no cimo de um armário, situado no canto oposto ao que me encontro. tentei alcançá-la, fiz de tudo, mas não o consegui.
então, aí apercebi-me que, embora deva ser uma decisão tomada por nós próprios, eu necessito de uma pequena ajuda. não quero que ma entreguem, assim, de mão beijada, mas sim que a coloquem mais próxima de mim. quero sentir uma pequena sensação de vitória a vangloriar-se pelo meu rosto embora, interiormente, saiba que recebi um pequeno apoio para me libertar da corrente. dessa maldita corrente. daquela maldita insegurança.
(não, afinal, eu ainda não abandonei o meu pequeno birdie)